Os bivalves são organismos filtradores e, por isso, acumulam microrganismos presentes na água. Quando recolhidos em zonas classificadas como B ou C, não podem ser comercializados sem antes passarem por um processo rigoroso: a depuração. Este artigo explica em detalhe o funcionamento, os sistemas técnicos envolvidos, as normas legais e a importância deste passo crucial na cadeia de segurança alimentar.
A depuração consiste em colocar os bivalves em tanques com água de mar limpa e esterilizada, permitindo que expulsem as impurezas acumuladas no ambiente natural.
O processo dura entre 12 a 48 horas, dependendo:
Sistemas baseados em:
Asseguram que a água usada no tanque é microbiologicamente segura.
Os bivalves são distribuídos em caixas perfuradas, garantindo boa circulação e oxigenação.
Sensores acompanham:
Após a depuração, amostras são enviadas para laboratório para comprovar a ausência de patogénicos como E. coli.
Os centros modernos integram:
A UE classifica as zonas de colheita em:
Regulamentos como o Regulamento (CE) n.º 853/2004 definem critérios microbiológicos, limites e verificações obrigatórias.
A depuração aumenta:
É um pilar estratégico para pequenos e grandes produtores.
A depuração garante segurança alimentar sem comprometer sabor ou frescura. É um processo essencial, rigoroso e tecnologicamente sofisticado que sustenta a credibilidade de toda a indústria de bivalves.