Portugal é um dos países europeus com melhores condições naturais para a produção de bivalves. As extensas zonas costeiras, os estuários ricos em nutrientes e um clima favorável fazem do território um local privilegiado para o cultivo de amêijoas, ostras e mexilhões. Este artigo aprofunda o panorama atual da produção nacional, as técnicas modernas, os desafios emergentes e as oportunidades que posicionam o país como um player estratégico no mercado internacional.
A produção de bivalves distribui-se maioritariamente por:
Estas zonas apresentam características únicas: salinidade ideal, água renovada naturalmente e bancos sedimentares propícios ao desenvolvimento de espécies filtradoras.
Cada espécie exige técnicas de cultivo específicas.
Muito usados para a amêijoa-boa. Aproveitam as marés naturais para alimentação e oxigenação dos bivalves. São sistemas de baixo custo e elevada eficiência.
Típicos da produção de ostras. Garantem melhor troca de água, menor mortalidade e crescimento uniforme.

A solução mais comum e produtiva. Cordas verticais permitem fixação natural das larvas, resultando em grande volume de biomassa.
Tendência crescente, com vantagens claras:
A produção de bivalves está em transição para a Aquacultura 4.0, com recursos como:
Estas tecnologias reduzem custos, aumentam a segurança alimentar e permitem gestão mais eficiente.
Apesar do forte potencial, os produtores enfrentam:
A resposta passa pela ciência, seleção genética e diversificação das zonas de cultivo.
Portugal tem condições únicas para liderar a produção de bivalves na Europa. Com inovação tecnológica, gestão responsável e certificações ambientais, o setor pode crescer de forma sustentável, mantendo a qualidade e a reputação internacional dos seus produtos