Produção de Bivalves em Portugal: Potencial, Tecnologia e Sustentabilidade

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Portugal é um dos países europeus com melhores condições naturais para a produção de bivalves. As extensas zonas costeiras, os estuários ricos em nutrientes e um clima favorável fazem do território um local privilegiado para o cultivo de amêijoas, ostras e mexilhões. Este artigo aprofunda o panorama atual da produção nacional, as técnicas modernas, os desafios emergentes e as oportunidades que posicionam o país como um player estratégico no mercado internacional.

Os Principais Polos de Produção Nacional

A produção de bivalves distribui-se maioritariamente por:

  • Ria Formosa (amêijoa-boa, ostra)
  • Ria de Aveiro (ostra e mexilhão)
  • Estuário do Sado
  • Costa Oeste (mexilhão offshore)

Estas zonas apresentam características únicas: salinidade ideal, água renovada naturalmente e bancos sedimentares propícios ao desenvolvimento de espécies filtradoras.

Métodos de Produção de Bivalves

Cada espécie exige técnicas de cultivo específicas.

Viveiros Intertidais

Muito usados para a amêijoa-boa. Aproveitam as marés naturais para alimentação e oxigenação dos bivalves. São sistemas de baixo custo e elevada eficiência.

Suspensão em Sacos e Estruturas “Oyster Bags”

Típicos da produção de ostras. Garantem melhor troca de água, menor mortalidade e crescimento uniforme.

Longlines para Mexilhão

https://www.researchgate.net/publication/359707221/figure/fig1/AS%3A1140919537545217%401649027823180/Schematic-of-a-basic-mussel-longline-system-The-two-most-common-systems-used-in-Canada.jpg
https://www.researchgate.net/publication/276086985/figure/fig1/AS%3A990922540068864%401613265752296/The-long-line-system-for-mussel-culture.ppm

A solução mais comum e produtiva. Cordas verticais permitem fixação natural das larvas, resultando em grande volume de biomassa.

Sistemas Offshore

Tendência crescente, com vantagens claras:

  • Maior qualidade da água
  • Menor concorrência com atividades costeiras
  • Possibilidade de produção em larga escala

Tecnologia e Modernização

A produção de bivalves está em transição para a Aquacultura 4.0, com recursos como:

  • sensores IoT para monitorização da água
  • drones para inspeção de estruturas
  • softwares de previsão oceânica
  • sistemas automáticos de calibragem

Estas tecnologias reduzem custos, aumentam a segurança alimentar e permitem gestão mais eficiente.

Desafios Atuais

Apesar do forte potencial, os produtores enfrentam:

  • impactos de eventos climáticos extremos
  • demora nos processos de licenciamento
  • proliferação de algas tóxicas
  • pressão de predadores como caranguejos e aves

A resposta passa pela ciência, seleção genética e diversificação das zonas de cultivo.

Portugal tem condições únicas para liderar a produção de bivalves na Europa. Com inovação tecnológica, gestão responsável e certificações ambientais, o setor pode crescer de forma sustentável, mantendo a qualidade e a reputação internacional dos seus produtos

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